terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quebrando Paradigmas

Ronald dos Santos Lorieri*

Acostuma-se a acreditar, às vezes, que estamos totalmente ou parcialmente certos. Mesmo tentando viver de maneira ética e moralmente correta, ou pelo menos achamos que agimos dessa forma. Assim, sem que percebemos fazemos dos erros obscuros nossos destinos. A maneira como falamos e levamos a vida, vão determinando o futuro e as conseqüências deste futuro.
Ao esquecermos que existem vários tipos de verdades, sejam elas, verdades religiosas, científicas, empíricas, etc. Colocamos a vida no rumo que leva-nos a derrota ou ao sucesso. Lembrando que as verdades que governam nossos mundos são as chamadas verdades empíricas, onde “O que é verdade para mim não é verdade para você”. Aquilo que você acha que é verdade, para outra pessoa pode ser uma grande mentira. Essas são as verdades empíricas, dependem do que acredita, gosta ou aprendeu.
Assim muitas de nossas verdades empíricas não os vivenciamos, temos idéias de como são e acreditamos que devem ser dessa maneira. Essas verdades tornam-se paradigmas em nossas vidas e dificilmente a quebramos.
Será que aquilo que quer é porque quer, ou porque todos querem? Fazer diferente e quebrar algo repetitivo é não ser igual, é ter poder de mudar. Não é tão simples assim, se pegarmos alguns exemplos de paradigmas como “Errar é humano” e não aceitarmos o erro colocando outro paradigma “Acertar é humano”, como poderemos saber se estamos certos ou errados?
Talvez seja melhor pensar como todo mundo, fazer o que todos fazem, afinal é mais seguro. Para que quebrar paradigmas? São verdades pensadas por todos e provadas que são verdadeiras, algumas delas podem até ser considerada como verdades absolutas. Por outro lado porque não quebrar?
Tudo bem, a utopia alimenta nossa esperança. Acreditamos que somos pessoas evoluídas em relação aos povos antigos porque a ciência evoluiu. Hoje temos tecnologia cada vez mais avançada a nossa disposição. Mas será que o homem também evoluiu? Ainda existem pessoas passando fome, segue-se a violência, guerras injustas, discriminação racial, a escravidão que tomou um outro corpo, injustiças sociais e doenças que foram curadas, mas que apareceram outras doenças incuráveis. Será que o homem, o ser humano, mudou realmente, ou quem sabe está mudando ou irá mudar algum dia. Alimentamos alguns paradigmas para acreditarmos que tudo isso é verdade, o homem vai mudar. É a nossa esperança.

* Ronald dos Santos Lorieri é formando do Curso Superior em Tecnologia e Normalização Industrial do CEFET-MG

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